segunda-feira, 7 de maio de 2018

OS CORREIOS E O BRASIL


"Os correios estão quebrados, dizem seus diretores; mas as agências mais lucrativas serão fechadas e seus clientes transferidos para ACFs - Agências de Correios Franqueadas -. Qual a lógica desse discurso?
Esse discurso existe desde que eu era carteiro, em 1978. É ele que ampara a política de arrocho salarial, quebra do monopólio postal, ou melhor, do filé mignon das entregas nas grandes praças, deixando para o estado o osso das pequenas cidades e da periferia.
É também o discurso de toda política de privatização de todas as empresas estatais.
Quais correios no mundo são lucrativos?
Nos EUA, farol do mundo, o USpost dá prejuízo há décadas e não se fala em privatização. Na Alemanha os correios compraram a DHL, multinacional alemã da área de courrier.
Mas, aqui no Brasil esse discurso privatizante para ganhar eficiência e lucro é repetido à exaustão."


(Comentário do leitor Edivaldo Dias de Oliveira ao post "Correios fecharão 513 agências sob suspeita de tentar beneficiar o setor privado", publicado no Jornal GGN - aqui.
Fundamentar as manifestações é imprescindível, e o leitor Edivaldo, ao 'situar' o assunto, demonstrou ter ciência do requisito.

Os correios são um serviço estratégico, razão por que países soberanos não admitem o seu gerenciamento por particulares.

"Na Alemanha os correios compraram a DHL, multinacional alemã da área de courrier."

'Courrier', conforme se vê aqui, "é uma palavra de origem inglesa, e que significa 'correio' na tradução literal para a língua portuguesa. Este termo também pode ser utilizado no sentido de 'mensageiro' ou 'guia'”, referindo-se ao profissional responsável em entregar mensagens, pacotes e o correio para os destinatários". A empresa DHL atuava na área de entrega de encomendas via mensageiros e FOI COMPRADA pelos correios da Alemanha).

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