terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A MORTE DO REITOR CANCELLIER: ESQUECIMENTO, NÃO (PARTE VIII)

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Afinal, qual o desfecho do brutal caso que culminou no suicídio, em 2 de outubro do ano passado, do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, da Universidade Federal de Santa Catarina? Bem, até o momento, eis o que se oferece a respeito (cumprindo lembrar: Para ler os posts anteriormente publicados sobre o assunto, clique AQUI):
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Delegada que deflagrou operação será transferida para Sergipe; inquérito soma 3 mil páginas desde suicídio de reitor, e corregedor responsável pela denúncia afasta-se por conta própria dos corredores da UFSC 


Operação Ouvidos Moucos: 4 meses e sem desfecho

Por Lilian Milena

A Operação Ouvidos Moucos segue com inquérito em aberto. A ação ganhou repercussão após o suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, preso e depois proibido de retornar às suas atividades junto com outros seis professores também suspeitos de participar de supostos desvios de recursos de dois cursos de Educação a Distância da Universidade Aberta do Brasil.

Segundo informações do jornal O Globo, a delegada federal Erika Marena, que liderou um batalhão de policiais no dia 14 de setembro, quando a operação foi deflagrada, será transferida para Sergipe, e o inquérito, que já conta com 3 mil páginas com depoimentos recolhidos desde a morte do reitor, será tocado por uma equipe da PF com o auxílio de cinco funcionários da Controladoria-Geral da União.

Cancellier se jogou do 7º andar de um shopping carregando no bolso um bilhete que dizia: “A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”. Ele foi acusado pela PF por tentativa de obstruir a investigação interna da corregedoria na Universidade, mas colegas próximos ao reitor negam. Em dezembro do ano passado, o jornal Folha de S.Paulo divulgou trechos da defesa de Cancellier onde esclarece que "não tentou proteger ninguém", apenas determinou a convocação de uma sindicância interna para "empregar maior celeridade à apuração, visando ao esclarecimento dos fatos".

A primeira denúncia que levou ao início das investigações partiu do corregedor Rodolfo Hickel do Prado, apontado como desafeto do reitor e nomeado para o cargo pela ex-reitora e adversária de Cancellier, Roselane Neckel. Ele parou de frequentar os corredores da Universidade desde novembro do ano passado, por uma licença médica de 60 dias, e deveria ter retornado no início de janeiro, mas pediu férias adiando o retorno para fevereiro.

Ao jornal O Globo, o superintendente da CGU de Santa Catarina, Orlando Vieira de Castro Junior, deu respostas vazias sobre o desfecho do caso, dizendo que os desvios eram recorrentes e pulverizados:

"Não sei te dizer se o reitor concordava ou mandava fazer isso (desviar). Mas que ele sabia, ele sabia". Ainda, segundo a PF os desvios suspeitos seriam de R$ 80 milhões de pagamentos de bolsas ou de custeio de cursos de Física e Administração, mas os aliados do ex-reitor da UFSC contestam os números da investigação, ponderando que os recursos destinados para essas atividades não passavam de R$ 500 mil; por isso. se confirmada a suspeita, esse seria o valor máximo dos supostos desvios.

Atualmente, os seis professores investigados na operação e que continuam afastados de suas funções, evitam sair à rua, atender telefonemas ou dar entrevistas, e a maioria faz tratamentos psiquiátricos e psicológicos, segundo suas defesas.  -  (Fonte: aqui).

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