quinta-feira, 9 de novembro de 2017

TORQUATO, 9 NOV 1944

Torquato Neto, por Liberati.
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"Acabo de ler a segunda edição do livro "Torquato Neto ou A Carne Seca É Servida", de Kenard Kruel, editora Zodíaco, 2008, 622 páginas, capa de Paulo Moura, apresentação de Durvalino Filho. Trata-se de primeira edição, na prática, visto que a original, publicada em 2001, ocupava tão-somente 44 páginas.

Kenard esmerou-se no garimpo de informações sobre Torquato Pereira de Araújo Neto e o "mundo em volta de Torquato". Em duas palavras: foi buscar.

Nascimento (09 de novembro de 1944), infância, casa, rua, primeiras lições, traquinagens, zelo materno, rigor materno, amor materno. Torquato correspondendo - em casa, na escola, na rua. Indo além: inglês, francês, Machado aos 14, Shakespeare "de presente". Briga "de vera", coisa raríssima. Professora incompetente não ficava impune, mas Torquato foi quem pagou alguns patos. Aos 15, Salvador.

Início de 1960, científico no Colégio Nossa Senhora da Vitória, filmes em geral e artigos de Glauber Rocha em particular. Atividades em torno da União Nacional dos Estudantes: Duda Machado, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Álvaro Guimarães, Orlando Senna, Tom Zé, José Carlos Capinan, Rogério Duarte, Maria Bethânia, Gal Costa, Waly Salomão. Torquato integrado. Gil resume: "Vivíamos num incessante entra-em-beco-sai-em-beco corpoalma adentro de uma cidade mítica, bela e sensual (...)". Em 1961, roteiriza o filme "Barravento", dirigido/finalizado por Glauber Rocha.

Rio de Janeiro, janeiro de 1962: Torquato, residindo no edifício Rajah, praia de Botafogo, dá seguimento ao curso científico, concluindo-o e iniciando o curso de Comunicação (faria até o segundo ano) na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil. Conhece Paulo Francis e Flávio Rangel. Diz a Caetano: "Desejo tornar-me jornalista, manter uma coluna". Rui Guerra apresenta-o a Edu Lobo - e o poeta escreve "Veleiro", "Lua Cheia" e "Pra Dizer Adeus". Edu sugere a Torquato que se mude para São Paulo. (...)."

(Para ler a íntegra de "Torquato Neto, o cara que não andava sendo feliz por aí", por este que vos escreve, clique AQUI).

P.s.: E vem aí a terceira edição (ampliada) de "Torquato Neto ou a carne seca é servida", de Kenard Kruel, com revisão deste escriba.

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