sábado, 18 de novembro de 2017

BREVE PERFIL DOS BRASILEIROS

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Pesquisa publicada pelo jornal Valor Econômico revela que o perfil predominante do povo brasileiro colide com o das conservadoras elites nacionais. Colide também com o perfil que a mídia tradicional tenta 'vender' como representativo das camadas populares. Minorias, impostos, direitos humanos, serviços públicos, tudo, ou quase tudo, foi abordado, e mais uma vez cai o mito da chamada tese do Estado Mínimo, o esperto mote neoliberal consistente em que o Estado deve limitar-se ao mínimo possível, cedendo lugar ao Mercado, cujos 'resultados indiretos' se revelariam bem mais eficazes do que os 'perseguidos' pelo Estado.
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(Teria sido interessante conhecer a avaliação popular acerca de outros itens, a exemplo das PPPs, as Parcerias Público Privadas, iniciativa - prevista na Constituição Federal - valiosa numa realidade de recursos escassos e que pode resultar em excelentes benefícios às comunidades, convindo lembrar que o Piauí vem se destacando no cenário nacional em tal segmento). 


Brasileiros são contra posições conservadoras, diz pesquisa

Do Jornal GGN

Uma pesquisa do Instituto Idea Big Data revela uma baixa adesão dos brasileiros a posições conservadoras. Ao contrário, a maioria da população defende que o Estado deve garantir a igualdade de oportunidades, a proteção aos mais pobres, aposentadoria aos mais velhos e o crescimento econômico do país. Para 62,4%, por exemplo, os direitos humanos devem valer para todos, incluindo bandidos.

Aqueles que são contra a frase representam 33,8% dos 3 mil entrevistados em todo o país, entre os dias 1 e 10 de novembro. O levantamento foi encomendado pelo grupo "Movimento Agora!", que reúne pesquisadores, ativistas, economistas, profissionais liberais, membros de ONGs e outros entre seus participantes. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Entre os integrantes da organização, que tem cerca de 90 pessoas, estão os empresários Carlos Jereissati Filho e Eduardo Mufarej, Beto Vasconcelos, ex-secretário Nacional de Justiça e ex-chefe de gabinete da ex-presidente Dilma Rousseff, a economista Mônica de Bolle, o ativista indígena Anápuáka Muniz Tupinambá Hã-Hã-Hãe e as pesquisadoras Ilona Szabó e Melina Risso. Luciano Huck também aparece como membro do movimento.

A primeira pergunta da pesquisa foi questionar se preferem impostos mais baixos ou melhores serviços públicos, como saúde e educação. De cada 10 brasileiros, 8 optaram pela segunda opção. 

                               (Clique na imagem para ampliá-la)

"Foi com satisfação que eu vi os resultados dessa pesquisa. Uma boa surpresa perceber que há espaço para discussão de outros temas. Acho esse resultado da preferência por serviços públicos revelador da desconexão entre o que ganha visibilidade na imprensa e no debate público e o que é dito pelos brasileiros", afirmou a pesquisadora ao jornal Valor.

Nessa mesma linha, três entre quatro ouvidos concordaram que "reduzir imposto é importante, mas não urgente". Sendo que apenas 15,5% discordaram, e outros 8,3% não concordaram nem discordaram.

(...) 57,2% da população mostra-se favorável às cotas raciais em universidades públicas, e 39,2% são contra. "Dez anos atrás, só um terço da população defendia cotas desse tipo. Houve uma rápida inversão nesse tema", concluiu Mauricio Moura, ao Valor.

Ainda dentro do que se chama de minoria, direitos para homossexuais também ganharam maior apoio: 65,5% acreditam que pessoas do mesmo sexo têm direito a se casar, e 29,7% são contra. Também 62,4% reconhecem o direito de homossexuais de adotarem crianças, e 34,6% discordam.

Um dos únicos pontos que se assemelham a teses conservadoras (causando espécie, portanto)  foi a concordância de 44,8% das pessoas para com a frase "bandido bom é bandido morto". Os que discordam são uma minoria de 31,4%.  -  (AQUI).

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