quinta-feira, 5 de outubro de 2017

SOBRE A MORTE DO REITOR CANCELLIER


"O Judiciário pode preparar os archotes, mas quem risca o fósforo para o linchamento moral é a mídia."






(De Luís Felipe Miguel, no post "Das responsabilidades pela morte de Cancellier", publicado no Jornal GGN - aqui -, a propósito dos fatos que culminaram na morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier de Olivo.

No Brasil, certas parcerias se estreitam cada vez mais, na medida em que crepitam as labaredas das queimas de reputação. 

O relato de Luis Felipe:

"...Não há dúvida de que uma grande parte da responsabilidade pela morte do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo cabe ao Judiciário, na figura da juíza Janaina Cassol Machado. Ela decretou uma prisão absolutamente desnecessária, cujo único objetivo discernível era abater moralmente e humilhar. Uma prisão decretada antes de que o preso tivesse sequer sido convocado a prestar esclarecimentos! A prisão foi revogada, mas a juíza manteve o reitor incomunicável, a despeito de um claro diagnóstico de depressão. Estava impedido de entrar no campus e, fora advogados e médicos, só podia falar com seu irmão, o jornalista Júlio Cancellier. Quando concedeu que ele retomasse algumas atividades acadêmicas, foi introduzindo uma nova humilhação: sua presença na universidade seria estritamente cronometrada, duas horas e meia, como se fosse um elemento tóxico ou radioativo. 

[...].

Mas há uma cota de responsabilidade importante que cabe à mídia. Ela é a cúmplice ativa dos processos de pré-julgamento e assassinato moral promovidos pelo Judiciário..." [Para continuar, clique AQUI].

E a repercussão desse caso escabroso? E os desdobramentos na esfera policial e no Judiciário? E os editoriais indignados? Ora, ora, que indagações mais ociosas!).

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