quinta-feira, 8 de junho de 2017

O JULGAMENTO E O PROPÓSITO EMBUTIDO


Na troca de farpas de ontem, 7, entre o relator Herman Benjamin e o presidente Gilmar Mendes, este afirmou que, se Benjamin hoje 'brilha na mídia', o mérito verdadeiro é dele, Mendes, pois foi ele quem impediu o arquivamento do processo de julgamento da chapa Dilma-Temer na 'primeira fase' de julgamento - e Mendes fez questão de ler trecho da ementa para, então, destacar que o seu propósito era o de trazer à luz a forma como se deram as doações empresariais, lembrando que a chapa em julgamento recebera aproximadamente 60% de 'doações-propina' originárias de empreiteiras 'ligadas' à Petrobras, enquanto a chapa derrotada fora beneficiada com algo em torno de 40%. Pronto, o ministro Gilmar trouxe a si a glória.

Mas, ao contrário de nossas expectativas, não encontramos em parte alguma este singelo questionamento: Se a chapa derrotada tivesse sido vitoriosa e a chapa Dilma-Temer, inconformada, recorrido ao TSE, teria o ministro Gilmar impedido o eventual arquivamento do processo?

Nota:
Louvável, mesmo, a alusão da ministra Rosa Weber ao poeta TORQUATO NETO, que louvou quem bem merece e o que deve ser louvado!

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