terça-feira, 6 de outubro de 2015

DIREITOS HUMANOS: SOB O DOMÍNIO DO BIG STICK


Para 50% dos brasileiros, "bandido bom é bandido morto"

Da Agência Brasil

O uso da força por parte da polícia é apoiado pela metade da população. De acordo com pesquisa do Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 50% das pessoas concordam com a afirmação “bandido bom é bandido morto”. Conforme os dados, 45% dos entrevistados discordam dessa posição. Foram ouvidas 1,3 mil pessoas em 84 municípios com mais de 100 mil habitantes.
O apoio às ações policiais violentas cai entre os mais jovens. Entre 16 e 24 anos, 42% disseram concordar com a afirmativa e 53% opinaram contra. Entre 25 e 34 anos, os contrários e favoráveis alcançaram o mesmo percentual: 48%. O índice de apoio também é menor entre os que têm nível superior: 40% concordam e 57%  discordam da posição.
Os pretos também foram maioria na manifestação contrária: 50% não apoiam a letalidade para combater criminosos e 44% admitem a violência. Entre os  pardos, 48% manifestaram-se favoráveis à afirmação e 47% foram, contrários.
A faixa mais velha da população, com 60 anos ou mais, é a que tem mais aceitação da força letal. Segundo a pesquisa, 65% concordam com a morte de criminosos e 30%, não. Entre a parcela da população com apenas o ensino fundamental, 58% são favoráveis à letalidade e 36% contrários. Os entrevistados brancos também mostraram mais aceitação do uso da violência: 53% concordam e 41 discordam.
Os dados do 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública indicam que, em 2014, oito pessoas foram mortas diariamente por policiais, totalizando 3.022 casos. O número representa 37,2% das 2.203 mortes causadas pelas forças de segurança em 2013.  O estado com maior número absoluto de mortes é São Paulo, com 965 vítimas da ação de policiais a serviço ou de folga.
No último dia 14, a Justiça Militar de São Paulo decretou a prisão temporária de seis policiais militares suspeitos de participar da execução de Fernando Henrique da Silva. Poucos dias antes, outros cinco PMs haviam sido presos por um crime correlato, o assassinato de Paulo Henrique de Oliveira. Ambos eram suspeitos de participar de roubo de moto.
Imagens feitas pelo celular de uma testemunha mostraram um policial jogando Fernando, algemado, do telhado de uma casa no Butantã, zona oeste da capital paulista. Imagens de câmeras de segurança registraram Paulo Henrique se entregando, inclusive levantando a camisa para mostrar que não estava armado.
Em seguida, ele é colocado contra um muro, fora do alcance da câmera, momento em que teria sido morto. O vídeo mostra um dos policias pegando uma arma na viatura para, de acordo com Ministério Público, forjar um confronto e justificar a morte do suspeito.
Em 2014, as mortes de policiais somaram 398 casos, sendo 317 fora de serviço. Em 2013, foram registradas 408 mortes de policiais civis e militares, 310 em horários de folga. (Fonte: aqui).
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Dois comentários pinçados da fonte:
Que tipo de propósito há em uma pesquisa com esse tipo de questão "Bandido bom é bandido morto ??" 
A pergunta já direciona  e incentiva o entrevistado para o ódio..
Datafolha, datafolha.... (Marco St.).
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Na minha curta visão, esta suposta pesquisa, realizada num suposto universo heterogêneo e isento de vícios tem somente como objetivo o de alimentar diariamente a justificativa de um aparelho opressivo e que atua à margem da lei. Ou é também uma forma velada de validar perante a sociedade a pena de morte executada já exercida pelos meios oficiais.
Numa outra análise, é uma pesquisa que tem como objetivo "por tabela" relegar ao esquecimento as investigações referentes, por exemplo, as chacinas de Osasco, o assassinato forjado de um assaltante pela PM de SP, o bandido jogado do telhado e depois alvejado ( creio que no Rio), aquele "auto de resistência" forjado num morro no Rio... 
É também para mexer com o "emocional" das pessoas, tocando nas necessidades "viscerais" do povo (sobrevivência, vida e morte, paixão e ódio) e "por tabela novamente" fazer com que a atenção fuja, por exemplo, dos Cunhas, dos Helicópteros de Pasta base de Cocaína, dos Nardi na Zelotes, da Zelotes, do Banestado, das Tarjas Pretas, das Ambulâncias, das Privatarias, dos Darfs da Goebels, dos Marcolas em SP, ..... ... .... 
É somente uma pesquisa Deformação de Opinião Pública. (Alexandre ML).
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(Haja ou não manipulação, o fato é que a campanha de estimulação do ódio está firmemente evoluindo em nosso país. Constatação deplorável, porém real: o grande porrete opera sob aplausos).

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