quarta-feira, 27 de agosto de 2014

SOBRE AVALIAÇÕES ELEITORAIS


"Pedi emprestada a frase aí de cima (veja abaixo) ao velho Leonel Brizola para falar da pesquisa Ibope, agora que tomamos conhecimento da parte relativa à aprovação/reprovação do Governo e ao desempenho pessoal de Dilma Rousseff.

Repare que, na mesma linha do Datafolha, que elevou em seis pontos a aprovação ao Governo (de 32 para 38%), também o Ibope registrou isso, de forma mais modesta (32% para 34%).

Os dois institutos – não seria melhor chamá-los de empresas? – também coincidem na queda forte dos níveis de ruim/péssimo como avaliação da administração: o Datafolha derruba este índice de 29 para 23%, enquanto o Ibope mostra queda de 31% para 29%.

Registrando movimentos iguais de opinião, o Datafolha não dá nem tira de Dilma. Mas o Ibope toma-lhe quatro pontos.

Por mais que não se possa fazer a transposição mecânica destes índices, é estranho que a avaliação do Governo suba e a intenção de voto na chefe deste Governo caia.

Principalmente, como já frisei aqui, quando é o próprio governante o candidato.

Dilma teria, segundo as pesquisas, apenas os votos dos que a acham boa ou ótima presidente, ou nem isso.

Entre os que acham seu governo regular, precisaria não ter um voto para exibir os percentuais que as pesquisas de opinião lhe dão.

Convenhamos, é pouco crível, para dizer o menos e ser gentil.

O jacaré tem olho, couro e rabo.

Mas tem, sobretudo, dentes."




(De Fernando Brito, a propósito das recentes pesquisas promovidas pelos institutos Datafolha e Ibope, em post intitulado "Ibope tem olho de jacaré, couro de jacaré... Será que não é jacare?" - aqui).

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