quinta-feira, 7 de agosto de 2014

PROMESSAS, PROMESSAS


Os super-poderes de Eduardo Campos

Por Igor Felippe

O sistema de tributação é um dos grandes problemas nacionais.

Não existe uma alma viva que acredite que o complexo de dezenas de impostos seja bom para o Brasil.

Assim, a questão é outra. Não é suficiente fazer o diagnóstico correto do problema, mas apontar como fazer a tal reforma tributária.

Objetivamente, mudar pra valer o modelo de tributação implica tirar de uns e dar para outros.

Fazer a reforma tributária mexe diretamente com estados e municípios, capital industrial, comercial e bancário, setores exportadores e importadores, ricos e pobres, empresários e trabalhadores.

No entanto, ninguém aceita perder.

Aí que a porca torce o rabo.

Qualquer candidato pode prometer fazer a reforma tributária – assim como pode prometer o céu na terra.

Sem responder como conseguir um nível de unidade política que viabilize a aprovação de uma proposta no Congresso, o mantra “reforma tributária” não passa de uma profissão de fé.

Nesta terça-feira, o candidato à presidência da República, Eduardo Campos, prometeu fazer a reforma tributária.

E foi além: vai modificar o sistema de tributação sem aumentar impostos para ninguém.

Ou seja, o candidato acredita que é possível fazer uma mudança no sistema tributário sem ganhadores e perdedores.

A conclusão é a seguinte: Eduardo Campos colocará de forma abnegada à disposição da Nação os seus super-poderes para fazer milagres…

Abaixo, leia reportagem da Agência Brasil.


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Campos diz que fará reforma tributária sem aumento de imposto

Por Isabela Vieira

O candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) se comprometeu hoje (5) a fazer uma reforma tributária, se eleito, sem aumento de impostos. Durante encontro com entidades representativas dos fiscos municipais, estaduais e federal, no Rio de Janeiro, ele recebeu documento que propõe reduzir a tributação sobre as classes de menor renda. O texto defende uma arrecadação progressiva e com menor carga sobre o consumo. (Clique aqui para continuar).


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As promessas vão se sucedendo; localizar uma razoável é que são elas. O comportamento é recorrente: investem numa pretensa ingenuidade do eleitorado. 
Uma do Aécio, na CNA: insinuou esvaziar o papel do Banco do Brasil no agronegócio, ignorando a expertise do BB e sua capilaridade, sem contar o montante de recursos despendidos a cada ciclo e o volume de operações. Pegou mal, mas, providencialmente, em sua cobertura diária o solícito Jornal Nacional tratou de suprimir esse tópico da fala do candidato...   

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