sexta-feira, 8 de agosto de 2014

BRASIL E RÚSSIA: O BOOM DA CARNE


A Rússia levantou as barreiras às carnes brasileiras após anunciar embargo a produtos americanos e europeus (em razão das sanções sobre ela incidentes face ao conflito na Ucrânia). Por conta disso, a parceria comercial com o Brasil vai ganhar mais importância. Há duas semanas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, esteve em Brasília com a presidente Dilma Rousseff para reuniões de trabalho. Os resultados dos encontros mostram a superação de antigos problemas nas relações comerciais entre os dois países.

No inicio da semana, o diretor do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), Serguei Dankvert, anunciou que o governo russo estava ampliando “consideravelmente” o fornecimento de produtos pecuários do Brasil. Na avaliação do governo brasileiro, o mercado russo pode vir a representar uma revolução para a indústria brasileira comparável à que a China provocou nas exportações de soja do Brasil na última década.

Impacto

Atualmente, 41% das exportações brasileiras advêm do agronegócio. Nos últimos anos, o equilíbrio da balança comercial brasileira tem sido alcançado graças aos superávits obtidos das exportações do agronegócio.

A Rússia já é o principal destino das exportações brasileiras de carnes suína e bovina. Apenas de carne bovina in natura o Brasil vendeu para a Rússia, em 2013, 304 mil toneladas, gerando US$ 1,2 bilhão em receitas. De carne suína, foram exportados 134 mil toneladas, com receita de US$ 411 milhões. Os produtos agropecuários exportados à Rússia no ano passado garantiram o ingresso de US$ 2,72 bilhões. As carnes estão entre os principais itens da pauta de exportações com os russos, que inclui outros produtos como açúcar, fumo e café. (Fonte: aqui).

................
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, mas as transações de nosso país com os Estados Unidos, segundo maior parceiro, continuam firmes. O fato de o Brasil integrar o BRICS, como se vê, não isolou ou restringiu o comércio exterior brasileiro.  (Ao contrário do México, amarrado ao NAFTA...).

Exercitar parcerias comerciais é essencial. (Pra não dizer parcerias em geral).

Sobre o assunto em foco, Mauro Santayana produziu o post "O campo e os BRICS" - aqui.

Nenhum comentário: