quinta-feira, 10 de julho de 2014

COPA 2014: SOBRE O DESEMPENHO DA CBF


CBF teve R$ 2,3 bilhões para ganhar uma Copa, mas falhou três vezes

Por Paulo Cobos e Thiago Cara

Com a humilhante derrota para a Alemanha, em Belo Horizonte, a seleção brasileira completou sua terceira Copa do Mundo sem título. Fez isso em um momento em que a CBF nunca teve tanto dinheiro para investir no futebol nacional.

O ESPN.com.br calculou todo dinheiro que entrou nos cofres da CBF desde 2003, quando começou o ciclo de preparação para o Mundial de 2006, até 2013, o último ano antes do fracasso da Copa no Brasil. E o valor impressiona.

Foram nada menos do que R$ 2,338 bilhões, dinheiro suficiente para praticamente pagar a conta da construção do novo Maracanã e da Arena Corinthians.

Com poucas despesas e muitos patrocínios, sobra dinheiro para a CBF investir, tanto que gastou R$ 15 milhões apenas na reforma da Granja Comary, a base de treinamentos da seleção em Teresópolis, na Granja Comary.

E o dinheiro disponível para a preparação para este Mundial é ainda maior, já que em 2014, graças ao evento, o faturamento da CBF deve bater um novo recorde.

O crescimento das receitas da CBF é inversamente proporcional ao desempenho das seleções dentro de campo. Em 2003, a entidade faturou R$ 110 milhões. No ano passado, foi multiplicado por quatro, chegando a R$ 451,1 milhões.

Campeão em 2002, o Brasil parou nas quartas de final em 2006 e 2010 e agora vai disputar o terceiro lugar. No mesmo período, o Brasil não ganhou a medalha de ouro olímpica.

E os resultados pioraram depois da chegada de José Maria Marin. Desde que o atual mandatário assumiu, a seleção brasileira não conheceu seu maior vexame apenas no futebol profissional, diante da Alemanha, mas também na base.

Há um ano, em 2013, na Argentina, o time brasileiro sub-20 venceu apenas um jogo (a Venezuela) em quatro e acabou na lanterna de seu grupo - atrás de seleções como Peru, Venezuela e Equador, ficando fora do Mundial.

No sub-15, também em 2013, outro papelão no Sul-Americano, com eliminação na primeira fase, o pior desempenho da história do time verde-amarelo no torneio. No sub-17, mais vacas magras, com queda nas quartas de final do Mundial e apenas o terceiro lugar na disputa continental.

Com Marin, o responsável pelas categorias de base da seleção é Alexandre Gallo, homem de confiança da cúpula da CBF e responsável pelo relatório da Alemanha que serviu como base para Luiz Felipe Scolari armar seu time na semifinal. (Fonte: aqui).

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Faltou ouvir o outro lado. Por exemplo, o que Alexandre Gallo tem a dizer sobre seu trabalho nas categorias de base e o relatório que teria servido de base a Felipão na semifinal?

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