terça-feira, 15 de julho de 2014

COPA 2014: ECOS (QUASE) FINAIS


Imprensa pequena para uma grande Copa

Por Luciano Martins Costa

A imprensa brasileira reconhece, nesta segunda-feira (14/7), que o torneio encerrado no domingo com o triunfo da Alemanha sobre a Argentina foi a maior e melhor de todas as Copas do Mundo já realizadas. Os jornais fazem balanços e antecipam números que estarão no relatório do Grupo de Estudos Técnicos da Fifa. Segundo o Estado de S. Paulo, o chefe da comissão já adiantou que esta foi a melhor versão do torneio em todos os tempos, em termos de qualidade e entretenimento.

Não apenas pelos dados, apresentados em páginas duplas e infográficos pelos diários do Brasil e de outros países, mas também por critérios como inovação técnica, táticas dinâmicas e fatos surpreendentes, a qualidade do evento é destacada nas reportagens.

Até mesmo a vexaminosa participação da equipe brasileira nas semifinais é citada como parte do conjunto de fatos que encantam os observadores: a torcida absorveu imediatamente a derrota humilhante para os alemães no dia 8, terça-feira passada, 27º dia da Copa, e os alemães foram aplaudidos por brasileiros ao final do jogo e no trajeto do ônibus que os retirou do estádio em Belo Horizonte.

O outro grande vexame foi protagonizado pela própria Fifa, com a evidência de que alguns de seus dirigentes e colaboradores podem estar envolvidos com a quadrilha de cambistas desbaratada pela polícia do Rio. O grupo vinha atuando desde, pelo menos, 2002, quando foi detectada a venda irregular de ingressos no Japão e na Coreia, e passou incólume pelas autoridades nas copas da Alemanha, em 2006, e da África do Sul, em 2010. A investigação da polícia brasileira oferece aos dirigentes das federações nacionais um argumento de peso para pressionar a Fifa a combater a corrupção interna.

Quanto à seleção brasileira, humilhada diante da Alemanha com a goleada de 7 a 1 e reduzida à sua real dimensão pela derrota seguinte, contra a Holanda, por 3 a 0, resta uma chance de mostrar alguma dignidade: que os jogadores e a comissão técnica abram mão dos R$ 11 milhões que irão receber como prêmio pelo quarto lugar, e façam uma doação a entidades de ação social.

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Tostão, craque da imortal seleção brasileira tricampeã de 1970 e comentarista perspicaz, produziu bela análise do jogo final da Copa 2014 - aqui.

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