sábado, 19 de abril de 2014

A VOZ DO BRASIL NA TV


Pela Voz do Brasil na televisão

Por Zegomes, no jornal GGN

Estava eu repousando, debaixo do limoeiro, quando me caiu um limão na cabeça e eu fiquei meio zonzo e pensei – Na na ni na não, não pensei como a galinha que pensou que  o mundo ia se acabar.

Pensei:  Poderia haver dez minutos todos os dias na televisão, em horário nobre, reservados para o Poder Executivo e o Poder Legislativo se manifestarem ao Brasil.  As ondas de TV são concessões públicas, os concessionários, bilionários, têm obrigação de ceder alguma coisa em benefício do poder público.

Nesses dez minutos os Poderes podem se manifestar como for necessário, inclusive se defendendo das campanhas de difamações e extermínio de reputações organizadas pelas corporações midiáticas com o apoio de outras corporações.

Os filósofos estão ai dizendo que as corporações querem escravizar todos nós e usurpar o Estado.

Os Poderes Públicos, nossos representantes eleitos, devem ter meios de se/nos defenderem, com voz na comunicação de massa que é concessão pública.

O Poder Judiciário não entraria nessa, porque esse poder deve se manifestar apenas nos autos dos processos.

Opa, caiu, de novo, limão na minha cabeça! Acho que vou pensar... (Fonte: aqui).

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Há algum tempo, os donos da mídia vêm investindo contra A Voz do Brasil no rádio, e o programa só se segurou porque o STF acatou a defesa apresentada pelo Estado brasileiro. A ideia de estender A Voz do Brasil para a TV é excelente, mas a pressão dos donos da mídia e seus solícitos parceiros seria dezenas de vezes maior do que a observada até então.

A propósito, transcrevo post de 17 de setembro de 2012, de nossa autoria, sobre A Voz do Brasil:

Com uma hora de duração, o programa radiofônico A Voz do Brasil está no ar há mais de 70 anos, levando aos cidadãos, das 19h às 20h, de segunda a sexta-feira, notícias sobre os Poderes Executivo,  Judiciário e Legislativo. Todas as empresas de radiodifusão estão obrigadas a retransmiti-lo.

Ocorre que os conglomerados de comunicação não se conformam com tal exigência, invocando até o artigo 220 da Constituição Federal (veda qualquer restrição ao direito à informação, entre outros) para tentar calar definitivamente A Voz do Brasil, ou conseguir sua transmissão em horário alternativo.

E tudo isso mesmo após o Supremo Tribunal Federal haver firmado o entendimento de que a exigência, como está, é constitucional (Adin 561).

Mas a atitude dos inconformados não deve causar espécie: a própria Justiça (Tribunal Federal da 4ª Região) autorizou uma rádio FM a transmitir o programa em horário alternativo - o que exigiu da União a interposição de recurso, o qual acaba de ser acatado pelo STF.

A propósito, li hoje um artigo - "Veja e o pecado capital do PT" (clique aqui para lê-lo) - que alude à Voz do Brasil, oferecendo concisa abordagem sobre o mérito do programa:

"São exatamente estes conglomerados, representantes do capitalismo informativo/desinformativo, que querem golpear a Voz do Brasil, programa que (alcança)  enorme audiência, talvez o único a fornecer informações sem o crivo deformado do mercado para uma grande massa de brasileiros, em todos os grotões deste país, massa que é praticamente proibida da leitura de revistas e jornais." (Aqui).

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