domingo, 9 de junho de 2013

INVASÃO DA PRIVACIDADE GLOBAL


EUA: a misteriosa NSA

Do jornal The Guardian

A existência da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA só foi revelada mais de 20 anos após sua criação, em 1952; sua estrutura e suas atividades continuam em grande medida desconhecidas até hoje. Vem daí seu apelido irônico: No Such Agency ("não existe tal agência").

De todos os serviços de inteligência dos EUA, a NSA, acusada de monitorar telefonemas e sites, é o mais oculto e se orgulha do menor número de vazamentos.

Quantas pessoas emprega? Essa informação é confidencial. Quantos são seus alvos? A NSA diz a parlamentares dos EUA que não tem as ferramentas necessárias para fornecer números desse tipo.

Quando Harry Truman criou a NSA, o objetivo era monitorar comunicações fora do país. A questão que intriga e indigna políticos e organizações de direitos civis desde que o Senado anunciou sua existência, em 1975, é até que ponto sua sede de dados já abarcou os americanos.

À medida que a tecnologia evoluiu, cresceu a capacidade da agência de interceptar comunicações. Satélites interceptam ligações e e-mails e transmitem a informação a estações receptoras em terra.

Segundo estimativas, cada uma dessas bases recebe por dia cerca de 1 bilhão de e-mails, telefonemas e outras formas de correspondência. E a agência tem até 20 bases.

A espionagem doméstica explodiu após 11 de setembro de 2001, quando o presidente George W. Bush autorizou a NSA a submeter americanos a escuta eletrônica sem autorização judicial prévia.

Em 2009, poucos meses depois da posse de Obama, o Departamento de Justiça reconheceu que a agência foi culpada de "excesso de coleta" de comunicações domésticas, mas alegou que esse excesso tinha sido acidental.

A NSA cresce tremendamente a cada administração na Casa Branca. Estima-se que empregue hoje 100 mil profissionais, dos quais 30 mil são militares e o restante, prestadores de serviços.

Sua sede é um edifício enorme de vidro fumê em Forte Meade, nos arborizados subúrbios de Washington, e ela possui complexos grandes na Geórgia e no Texas, além de bases no Japão, no Reino Unido e na Alemanha.

À medida que o papel da NSA cresce como bola de neve, aumentam as discussões sobre suas operações.
Após revelações do "New York Times", a gestão Bush disse que suspendeu a vigilância sem autorização judicial em janeiro de 2007 e retomou a prática de exigir autorizações.

O programa maciço de vigilância continua sob Obama, dentro e fora dos EUA. E a cultura de sigilo intenso persiste. Os senadores Ron Wyden e Mark Udall procuram há anos saber quantos nos EUA já foram espionados pela NSA, sem resposta. (Fonte: aqui).

4 comentários:

Marilia disse...

Oi Dodó, amigo querido.

Saudades de vocês.

Quanto aos americanos, nós sabemos muito bem que a "espionagem" é o brinquedo preferido deles.

Espionavam os comunistas, os russos, os terroristas... e por que não os próprios americanos?

Fala sério, você ficou surpreso com a notícia?

Beijokas.

Dodó Macedo disse...

Olá, querida amiga,

Que bom receber mensagem sua!

Confesso que não fiquei surpreso com a revelação sobre espionagem global feita por Tio Sam. Esse tema, aliás, já vem sendo tratado há um tempão, mesmo antes do WikiLeaks do Assange. O fato é que o 11 de Setembro de 2001 deu "salvo conduto" a Bush, se bem que antes mesmo do 11 de Setembro já se falava em bisbilhotagem global.
Você definiu a prática: espionagem é o brinquedo preferido deles.

Beijocas do amigo e admirador.

Marilia disse...

Oi Dodó, amigo querido.

Fico feliz de compartilhar minhas ideias com você e Laurinha, e principalmente, de ser tão bem acolhida.

Concordo com você amigo, quanto ao fato do assunto sobre espionagem global ser realmente polemico. Invasão de privacidade, quebra de sigilos, tudo fere uns dos princípios mais sagrados da democracia, o direito à liberdade (no mais amplo sentido da palavra).
Sabemos que o que está em jogo: o Poder, e aqui novamente no seu sentido mais amplo. E quem lá chega só deseja lá permanecer.
Não sei porque mas só me lembro do Alienista de Machado de Assis. Parece que todos viram loucos quando estão fora do manicômio, fora do controle. Todos viram traidores, conspiradores etc se não estão do lado de quem está no poder.
Posso está enganada...

Beijokas para família, da sua amiga e admiradora.

Dodó Macedo disse...

Até então, cara amiga, falava-se na volúpia do poder. Há um bom tempo, depois que o poder absoluto se instalou, o que prevalece é a paranoia do poder. Como diria o outro, depois do 11 de setembro, tudo se tornou legítimo...

Um grande abraço.