quinta-feira, 16 de maio de 2013

EUA E DEMOCRACIA RELATIVA


No âmbito da Democracia, do Estado Democrático de Direito, há o respeito à livre manifestação, à confidencialidade da informação. Conversas telefônicas, por exemplo, só podem ser interceptadas/registradas mediante prévia autorização judicial.

Notícias recentes dão conta de que jornalistas americanos teriam tido violado o seu direito à inviolabilidade de comunicação (aqui), mas, quando se esperava um baita estardalhaço sobre o assunto, a denúncia logo saiu do foco. Por quê? Será que após o 21 de setembro de 2001 e o consequente Ato Patriótico tudo se tornou possível ao governo americano?

Uma leitora do blog Luis Nassif, Jussara Lourenço, atualmente no Canadá, expressou com veemência sua impressão:

"Parece que a notícia do grampeamento de telefones da AP e de alguns de seus jornalistas e editores deixou de ser notícia. Talvez porque não seja importante ou talvez porque todos concordam que havendo um 'bom motivo' os meios de comunicação podem ser grampeados.

Hoje, aqui em Toronto, acordei com a notícia de que a indignação dos meios de comunicação e jornalistas dos EUA e Canadá era muito grande. Saí para o trabalho e quando volto para casa (...) não vejo menção nenhuma ao fato no mesmo canal (CBC) e tampouco em seu website. (...). Vou ao IG, Terra e UOL e nada também.

Pensei que toda a imprensa deveria estar indignada e essa deveria ser a manchete do dia: a atitude do governo americano de grampear os telefones da AP e de jornalistas por dois meses. Posso estar errada, mas a ênfase dada a essa questão é quase nenhuma. (...)".

Coisas da democracia relativa...

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