quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O BRASIL NO TOP 50


Brasil no top 50 da competitividade

Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil entrou em 2012 pela primeira vez no grupo das 50 nações mais competitivas do mundo: passou da 53ª posição, em 2011, para a 48ª. Em dois anos, o salto foi de dez posições. O estudo, que considera dados econômicos e a opinião de empresários, é feito desde a década de 1970, sendo que o Brasil só passou a ser levado em conta a partir de 1995.

Dentre os 12 fatores analisados para compor a classificação, o aspecto responsável pelo avanço do Brasil foi o que considera as condições macroeconômicas do país. Nesse ranqueamento, o país saltou da 115ª posição para a 62ª. A mudança, no entanto, se deve a uma alteração metodológica: o indicador referente ao spread bancário, em que o Brasil era o penúltimo no ano passado, foi excluído, por não ser comparável entre todos os países. A ampliação dos usuários de telefonia móvel e de internet também ajudaram, além da percepção pelo empresariado de que o governo está se movimentando para solucionar problemas estruturais.

A opinião de mil presidentes de médias e grandes empresas brasileiras que atuam dentro e fora do país foram captadas de fevereiro a maio.

Por conta do baixo crescimento econômico generalizado no mundo, o Brasil foi o único dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) que subiu no ranking. Superou Portugal, um dos atingidos pela crise na Europa.

O Brasil também subiu uma posição em tamanho de mercado. Agora é nono. (Fonte: aqui).

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É certo que o avanço do Brasil foi influenciado também por fatores estranhos à sua ação direta (como a retirada do spread bancário), mas convém notar que as condições gerais macroeconômicas apresentaram melhorias, de sorte a permitir ao país resistir mais do que outros aos reflexos negativos da crise mundial, passando, em decorrência, a ostentar melhores chances de avançar. Tal realidade certamente repercutiu positivamente sobre a percepção dos mil empresários ouvidos.
Mas tudo isso e mais o fato de o Brasil ter sido o único dos Brics a subir no ranking, só sendo hoje superado pela China (China em 1º - mas caindo no placar geral -, Brasl em 2º), não comoveu nem um pouco a grande mídia. Muito pelo contrário: Waack e Sardenberg, no Jornal da Globo, por exemplo, não pouparam críticas à posição brasileira. Não constituiria surpresa o fato de os doutos analistas considerarem, com todas as letras, caótica a situação do Brasil. Era visível o desconforto dos professores ao relatar o progresso do país no ranking. Et pour cause.

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