sexta-feira, 13 de abril de 2012

GANÂNCIA ILIMITADA (II)


Charge de Fausto.

Mantega, na canela dos bancos: lucrem menos

Fernando Brito

Até que enfim alguém fala grosso com os banqueiros.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu a resposta merecida, quando foram exigir benefícios fiscais para fazer o que têm tudo para fazer sem isso: baixar os juros.
 
“O presidente (da Federação dos Bancos) Murillo Portugal esteve aqui outro dia, e em vez de trazer soluções, veio fazer cobrança”, disse Mantega."O Brasil hoje é o país que pratica o maior spread do mundo e isso não se justifica.”
 
Spread, como se sabe, é a diferença entre o custo de captação do dinheiro pelos bancos (hoje, no máximo, 9,75% ao ano, o valor da taxa Selic) e o valor dos juros cobrados para emprestá-lo, que nunca é inferior ao quádruplo desta taxa e não raro chega a ser dez e até 20 vezes maior.
 
A Folha publica hoje as taxas que cobram os bancos particulares e as que passaram a cobrar os bancos públicos.
 
A diferença é escandalosa, como se vê na ilustração.
 
Em outra matéria, uma tabela mostra a rentabilidade dos bancos brasileiros frente aos bancos dos EUA.
 
Em 12 anos, lucraram aqui 463%, contra “apenas” 308% dos bancos dos EUA. Que, por sinal, nem sequer durante a crise de 2008, com dinheiro público sendo injetado a rodo em seus caixas, (...) tiveram um resultado negativo.
 
E ainda assim dificultam o quanto podem o crédito.
 
É por isso que as agências do BB e da Caixaestão bombando de clientes dos bancos privados,  à procura de informações sobre taxas mais baixas.
 
Afinal, não é isso (ou deveria ser) a concorrência? (Fonte: aqui).
 
................
Perfeito. Uma preocupação: a de que as novas taxas do BB e da Caixz estejam contemplando não somente a clientela cativa, mas a todo e qualquer (novo) cliente.

Nenhum comentário: