domingo, 5 de setembro de 2010

FORTUNA, O CARTUNISTA DOS CARTUNISTAS


Reginaldo José de Azevedo Fortuna nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 21 de agosto de 1931.

Considerado um dos maiores cartunistas do Brasil, ainda criança conheceu o semanário A Manhã, sendo uma de suas publicações favoritas.

Mudou-se com sua mãe para o Rio de Janeiro após perder o pai, aos 14 anos. Seus primeiros trabalhos na imprensa foram publicados no final da década de 40 na revista infantil do Sesi, Sesinho, A Cigarra e Revista da Semana.

No final da década de 50 o estilo inconfundível de Fortuna apareceria nas belíssimas páginas da revista Senhor. Em 1964, às vésperas do golpe militar e em parceria com Millôr Fernandes, Ziraldo, Jaguar, Claudius, Sérgio Porto, lançam o quinzenário colorido O Pif-Paf, publicação que sobreviveu até o oitavo número e serviu de base para o mais importante jornal de oposição à ditadura, O Pasquim. Nessa época também foi chargista no jornal carioca Correio da Manhã.

Quando o Correio da Manhã foi extinto no final dos anos 60, eis que surge O Pasquim, produzido por Fortuna, Tarso de Castro, Millôr Fernandes, Ziraldo, Paulo Francis, Luis Carlos Maciel, o novato Henfil e dezenas de outros colaboradores.

No início dos anos 70 Fortuna mudou-se para São Paulo e assumiu o posto de diretor de redação da revista Cláudia, onde passou a dar conselhos às leitoras sob o pseudônimo Ana Maria. Em seguida tornou-se editor de arte e capista da (revista) Veja, onde ficou até 1975. Nesta mesma época em contato Luiz Gê, Paulo e Chico Caruso, Laerte, Cláudio Paiva e Nani, lançam o quadrinho O Bicho e surge com a personagem Madame e seu bicho muito louco.

Em 77 Fortuna vai para A Folha de São Paulo fundar com Tarso de Castro o suplemento Folhetim, uma espécie de pasquim encartado no próprio jornal. A partir daí inicia uma nova fase como chargista editorial. Fortuna saiu da Folha em 84, logo depois da campanha das Diretas, e ficou um longo tempo fora da grande imprensa, retornando com charges semanais para a Gazeta Mercantil.

Foi considerado um dos 100 melhores cartunistas do mundo em 1977 pela Casa do Humor e Sátira de Gabrovo, da Bulgária.

Fortuna morreu aos 63 anos de um fulminante ataque cardíaco, no dia 5 de setembro de 1994, em São Paulo.
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Grande Fortuna, craque do traço e caráter boníssimo. Em sua arte, experimentava as mais incríveis técnicas. Palito de fósforo, em vez de pena, por exemplo. Traço original, inconfundível. Texto conciso, sem enfeites. Saudade do grande Fortuna.

Um comentário:

Anônimo disse...

bela homenagem
afo
FORTUNA
que
era o BICHO![
AB
JOÃO ANTONIO