quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

E SEGUE A SATIAGRAHA...


O grupo Opportunity, gerido por Daniel Dantas, pretendeu dar um golpe na justiça brasileira. Adredemente, criou logo umas cento e cinquenta empresas, formando um emaranhado capaz de fundir a cuca de qualquer leigo, tudo para confundir eventuais investigadores.

Há fundos de investimento do Brasil que são restritos a investidores do exterior. As aplicações são isentas de tributação. É uma forma de o país atrair capital.

O que fez Dantas? Incluiu residentes no Brasil no rol dos aplicadores em seus fundos, oferecendo-lhes ganhos para lá de convidativos. Os felizardos brasileiros, querendo levar vantagem em tudo, entraram no clima.

Todos se deram bem até que entraram em cena a Receita/Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal. Sonegação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, tráfico de influência... é farto o menu. Desde julho de 2008, com a prisão (relâmpago) de DD e outros figurões, que se ouve falar em Operação Satiagraha - em curso, aliás, há mais de quatro anos.

Entrou em campo, então, um grupo solidário de figurões outros, incluindo jornalistas, órgãos de imprensa, políticos militantes e personalidades de alto coturno do Judiciário, todos empenhados em desmoralizar o delegado e seu inquérito, o juiz do feito e quem mais estivesse a "afrontar" Daniel Dantas.

Hoje, 22, chega-nos a notícia de que a Secretaria Nacional de Justiça, vinculada ao Ministro da Justiça Tarso Genro, conseguiu o bloqueio de US$ 2 bilhões (algo como R$ 4,5 bilhões) que o grupo Opportunity mantém no exterior - em nome dele e/ou de investidores "geridos" por DD. Uma senhora paulada.

É grande a expectativa sobre quais recursos serão doravante acionados pelos parceiros de Daniel Dantas.

Chamar Barack Obama às falas parece alternativa inteiramente descartada.

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