sábado, 1 de novembro de 2008

DESTINO MANIFESTO (II)


Na matéria que leio, consta que tio Sam não mais se governa, quero dizer, tio Sam não tem autonomia. Quem manda nele é o complexo industrial-militar. Consta que o próprio presidente Eisenhower, general herói da guerra da Coréia, nos anos 50 do século passado já alertava para o tal leviatã. Consta que Vietnã, Iraque, Afeganistão e miudezas, tudo foi insuflado pelos interesses do complexo. Consta que Kennedy não era tão belicista, que até estaria cogitando em dar um fim à guerra do Vietnã, mas teve seu mandato interrompido. Já Bush, não, com ele tudo bem, bola pra frente, pau na máquina, tudo sob o pretexto do (bem-vindo, nesse aspecto) atentado às torres gêmeas de 11 de setembro de 2001. A parceria Bush/complexo foi sopa no mel - à revelia da ONU (claro!, que bobagem é essa de ONU? Quantas divisões tem a ONU, por acaso?).

McCain diz que por ele a ocupação do Iraque/Afeganistão durará mais 100 anos. Obama afirma que dentro de um ano e meio as tropas estarão fora.

Consta que, se der Obama, haverá o risco de acontecer com tio Sam o que aconteceu com o general Golbery do Couto e Silva: nos anos oitenta, quando o general percebeu que o SNI fugira a seu controle, pondo em risco o processo de abertura política, concluiu: "NÓS CRIAMOS UM MONSTRO!" - "eles", no caso de Obama, terão criado um monstro muito mais dantesco.

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