quarta-feira, 15 de outubro de 2008

AINDA SOBRE A FROUXIDÃO NEOLIBERAL

No texto abaixo, ironizo (ou tento ironizar) a crise financeira sistêmica mundial, fruto da frouxidão do controle exercido pelo governo americano sobre os bancos, notadamente os de investimento, postura imposta por Alan Greenspan, inspirada em Milton Friedman e seguida à risca por Tio Sam. Pois é: os papas do neoliberalismo, do Estado-Mínimo (já que não dá pra ser Estado-Zero - aliás convém lembrar que alguns neoliberais instituíram a grafia de "Estado" como "estado", assim mesmo, com "e" minúsculo), na hora do sufoco apelaram para os dólares dos contribuintes, ou seja, os dólares do Estado, que hoje é sócio dos principais monstros sagrados da banca mundial.

Os entusiastas do neoliberalismo, que pululam por todas as plagas, estão dando tratos à bola para arrumar argumentos, mas o fato é que, acabe ou não o mundo, não há como rebater a evidência da desmoralização total do neoliberalismo.

Mas os executores do desastre, os que puseram a mão na massa, os que realizaram o trabalho, esses ao que parece permanecerão impunes, preservando o lauto patrimônio formado ao longo de anos de esbórnia mercadológica (só para ilustrar: no mundo mágico dos derivativos, US$ 1 bilhão em hipotecas "alavancava" US$ 40 bilhões em ativos; Richard Fuld, CEO-Chief-Executive Officer do Lehman Brothers, embolsava US$ 17 mil por hora, note bem, por hora).

Ou seja, quem falou que o crime (gestão temerária/fraudulenta) não compensa?

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